No nosso projeto Agrofloresta na Mata Atlântica, que é conhecido pela sua fase piloto em Timburi , estamos implantando cinco sistemas agroflorestais diferentes: conversão do café, café agroflorestal, frutas, silvipastoril e restauração.
Nesta série de postagens, vamos explicar cada um desses sistemas, começando pelo SAF Frutas, que foca na produção de abacate, espécie escolhida pela aptidão regional para essa cultura e seu potencial para sua expansão. Dessa maneira, o objetivo com esse sistema é também o de diversificar monoculturas de abacate ao incluir espécies madeiráveis de ciclo longo e médio, espécies de serviço de dupla aptidão e para produção de biomassa.
Qual é a lógica do sistema?
No SAF Frutas, temos linhas de árvores alternadas com linhas de serviço. Na linha de árvores, espécies madeiráveis nativas de ciclo longo estão espaçadas por 24 metros, e entre elas, espécies frutíferas de copa larga, como o abacate, intercaladas com árvores madeiráveis exóticas de ciclo médio. Espécies de serviço para produção de biomassa que sofrerão podas nos primeiros anos também ocupam esta linha. As linhas de serviço contam com espécies de dupla aptidão, ou seja, além da ciclagem de nutrientes e produção de biomassa, também geram produtos florestais não madeireiros, neste caso, frutas e especiarias (banana e pimenta-rosa). A ideia é focar em mercados já existentes na região, mas olhar para os potenciais também, sempre pensando na resiliência econômica do produtor, que conseguirá um retorno mais rápido das espécies de serviço de dupla aptidão.
